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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

INSPIRAÇÃO APÓS A MORTE




Marcelino Champagnat faleceu em 06 de junho de 1840, sendo lembrado desde então. A Igreja considera a data morte uma "comemoração", pois acredita que é o momento que marca a passagem para a vida eterna, é, portanto, um renascimento. 

            Existem inúmeras histórias que narram momentos importantes de sua vida. Em comemoração ao dia de São Marcelino Champagnat, durante o Ano Mariano, nos lembramos de uma história de 1836. 
Neste ano, a Igreja reconhece a "Sociedade de Maria" e confia uma missão na Oceania. Foi o primeiro passo para a expansão missionária em outros territórios. 
     
Como forma de encorajar, lembrar e proteger os irmãos que foram em missão, Champagnat pendurou um coração de prata no pescoço da imagem de Virgem Maria, na capela de l´Hermitage, com a inscrição "missionários da Polinésia". A joia era uma espécie de pequeno cofre e, dentro, colocou uma faixa de papel com os nomes destes missionários.
     
A viagem a Polinésia foi demorada e penosa. Mas os missionários estavam cheios de esperança: tinham o compromisso de tornar Jesus Cristo "conhecido e amado pela educação", e dessa forma, aprimorar a sociedade, formar bons cristãos e virtuosos cidadãos. Esse ideal tinha como objetivo principal dar continuidade ao projeto inspirado por Champagnat. Tal compromisso permanece até hoje, no trabalho de educação e evangelização presente em 79 países.

OS MARISTAS




            Conhece João Cláudio Colin (futuro fundador dos Padres Maristas) no Seminário Maior. Em meados de 1817 realiza trabalhos como: dar assistência às crianças carentes, acompanhamento da vida cristã de diversas famílias e visitação aos doentes.
            Chega em La Valla em junho de 1816 e em 2 de janeiro de 1817, aos seus 27 anos, reúne seus dois primeiros discípulos formando os irmãos Maristas. Ele forma seus irmãos com o intuito de catequizar os jovens e criar neles o espírito cristão, tendo por base as lições mariais.
            Funda sua primeira casa, que logo se torna pequena pela quantidade de gente necessitando de ajuda, passa por inúmeras dificuldades, a principal delas a incompreensão do clero em relação aos seus projetos catequistas, mesmo assim continua abrigando e catequizando crianças devido a intensa procura da população rural.
            Eles fundam uma nova casa, com capacidade para um maior número de pessoas tendo o nome de: "Nossa Senhora de l'Hermitage". "Tornar Jesus Cristo conhecido e amado" é a missão dos Irmãos, e eles realizam essa missão através das escolas e instituições sociais.
            A doença toma conta de seu corpo e mente e seu cansativo trabalho piora sua situação, falece aos 51 anos de idade, a 6 de junho de 1840.

O COMEÇO




           Marcelino Champagnat  nasce no dia 20 de maio de 1789, em Marlhes, uma aldeia no Centro-Leste da França. Nono filho de uma família cristã, sua educação é basicamente familiar. Sua mãe e sua tia religiosa despertam nele fé sólida e profunda devoção à Maria. Seu pai, agricultor e comerciante, aberto à ideias novas, desempenhava um papel político na aldeia e na região e transmitiu à Marcelino a habilidade para os trabalhos manuais, o gosto pelo trabalho e o senso das responsabilidades.
            Quando Marcelino está com 14 anos, um padre o visita e lhe faz descobrir que Deus o chama à vocação sacerdotal. Quando Marcelino, de quase nenhuma escolaridade, vai se meter a estudar, o seu ambiente, sabedor de suas limitações, procura dissuadi-lo. Os anos difíceis do Seminário Menor de Verrières (1805-1813) são para ele uma etapa de verdadeiro crescimento humano e espiritual.
            No Seminário Maior de Lião, tem por colegas João Maria Vianney, futuro cura d'Ãrs, e João Cláudio Colin, que será o fundador dos Padres Maristas. Junta-se a um grupo de seminaristas que projeta fundar uma Congregação que abrange padres, religiosas e uma Ordem Terceira, levando o nome de Maria - a "Sociedade de Maria" - para cristianizar a sociedade.
            Impressionado pelo abandono cultural e espiritual das crianças da campanha, Marcelino sente a urgência de incluir nessa Congregação Irmãos para a educação cristã da juventude: "Não posso ver uma criança sem sentir o desejo de fazer-lhe compreender quanto Jesus Cristo a amou". No dia seguinte de sua ordenação (22 de julho de 1816), esses neo sacerdotes vão consagrar-se a Maria, colocando seu projeto sob sua proteção no santuário de N.S.a de Fourvière.
            Marcelino é enviado como coadjutor na paróquia de Lã Valla. A visita aos doentes, a catequese das crianças, o atendimento aos pobres, o acompanhamento da vida cristã das famílias, são as atividades do seu ministério. Sua pregação simples e direta, a profunda devoção a Maria e seu zelo apostólico, marcam profundamente os paroquianos. A assistência a um adolescente de 17 anos, às portas da morte e sem conhecer Deus, o perturba profundamente, impelindo-o de executar logo o seu projeto.
            A 2 de janeiro de 1817, apenas a 6 meses de sua chegada a Lã Valla, Marcelino, o jovem coadjutor de 27 anos, reúne seus dois primeiros discípulos: a Congregação dos Irmãozinhos de Maria, ou Irmãos Maristas, nasce na pobreza e humildade, na total confiança em Deus, sob a proteção de Maria. Além de garantir seu ministério paroquial, forma seus Irmãos, preparando-os para a missão de mestres cristãos, de catequistas, de educadores dos jovens e vai viver com eles. Começando a ordem Marista.